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BLACK PANTERA ENCERRA O ENCONTRO MUSICAIS 2025 EM GRANDE ESTILO COM SHOW ACÚSTICO "DESPLUGADO" NO TEATRO SESIMINAS UBERABA


Por: André Montandon

O power trio uberabense vive o ano mais intenso e simbólico de sua trajetória. Em 2025, a Black Pantera rodou o Brasil e o exterior com a turnê do álbum Perpétuo, conquistou prêmios de grande relevância — como “Melhor Música do Ano” (APCA), com Tradução, e “Artista de Rock” no Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira —, além de gravar o primeiro registro audiovisual da carreira em um dos palcos mais emblemáticos do país: o Circo Voador, no Rio de Janeiro.

Agora, o ciclo se fecha onde tudo começa: em casa. No próximo dia 21 de dezembro, às 20h, a Black Pantera — formada por Charles da Gama (guitarra/vocal), Chaene da Gama (baixo/vocal) e Rodrigo “Pancho” (bateria) — sobe novamente ao palco do prestigiado Teatro SESIMINAS Uberaba, acompanhada por Basílio Teodoro (teclado), Tarcísio Oliveira (percussão) e Fernando Motta (violão), para apresentar o espetáculo “Black Pantera Desplugado”. O show marca o encerramento da programação do Encontros Musicais Uberaba 2025, iniciativa do SESI Cultura MG — depois de, curiosamente, a banda também ter sido responsável pela abertura da temporada.

Antes desse encontro especial, o Zebu Na Rede, em parceria com o amigo Luiz Hozumi, da Coluna de Cultura do Jornal Lavoura e Comércio, conversou com Chaene da Gama sobre conquistas, encerramentos de ciclo, futuro e o peso simbólico de finalizar o ano mais importante da carreira tocando em Uberaba. Confira a entrevista a seguir:

Chaene da Gama. Foto: Arquivo pessoal do artista 

- 2025 tem sido um ano histórico para a Black Pantera. Além da intensidade da turnê Perpétuo, vocês conquistaram merecido reconhecimento nacional com prêmios como “Melhor Música do Ano” (APCA) por “Tradução” e “Artista de Rock” no Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira, além de indicações em outras importantes premiações. Como vocês enxergam esse momento da carreira — é a celebração de uma década de consolidação ou a porta de entrada para um novo capítulo?

Chaene da Gama - Acho que encerramos um ciclo até aqui. Foram 4 álbuns, 2 EPs, vários singles e turnês ao longo desses 11 anos. Temos noção de tudo que vivemos desde então e de como somos gratos. O nosso registro Ao Vivo no Circo Voador encerra essa fase de uma maneira épica. E, sim, é hora de pensar em um novo prólogo, abrir ainda mais a mente e pensar fora da caixa.

- Em novembro, vocês viveram um marco gigantesco: a gravação do primeiro registro audiovisual da banda, celebrando 10 anos de história, e ainda por cima no Circo Voador, palco emblemático da música brasileira. Como foi viver esse dia, tanto emocionalmente quanto artisticamente? Podem contar bastidores, sensações e o significado dessa conquista para vocês?

Chaene da Gama - O Circo é um templo da música brasileira, e nós sempre soubemos disso, antes mesmo da banda existir. Todos os nossos shows lá foram históricos e muito emblemáticos; foi algo natural escolher a casa. E não nos arrependemos. Aquela noite foi surreal: conseguimos encher a casa em uma quarta-feira, dia de Fla x Flu. Até então, só havíamos aberto shows de outras bandas lá. A emoção foi indescritível e espero, de verdade, que as 18 câmeras tenham captado o que vivemos ali — nós e o público. Foi um dos melhores shows que já fizemos. Estou ansioso para ver o resultado final.

- Críticos e veículos especializados têm apontado 2025 como o “melhor momento” da Black Pantera no rock/metal brasileiro. Vocês concordam com essa leitura? Ou sentem que a banda ainda está aquecendo motores para algo maior?

Chaene da Gama - É um fato inegável que estamos vivendo a melhor fase da banda hoje. Vivemos exclusivamente desse corre há uns três anos, temos tocado e nos adaptado a várias realidades para atender a uma demanda que transita entre o underground e os grandes festivais. Não é fácil viver de música no Brasil, sobretudo quando você está em uma banda de rock — uma banda de rock preta, antirracista, pensa.

Nosso cartão de visita é o show, com toda certeza. Ouvir nas plataformas é legal, mas a energia do show é foda, e isso vai ganhando as redes, o boca a boca, a molecada que tem colado. Tudo isso reflete no crescimento da banda.

Estamos confortáveis com isso? De certa forma, não, porque queremos muito mais. O Perpétuo amplificou nossas vozes; muita gente conheceu a banda através dele. O futuro é ancestral, e nós queremos muito mais. 

- A estreia do projeto Desplugado aconteceu no Teatro Sesiminas Uberaba, em janeiro, e foi um sucesso absoluto — tanto que vocês abriram a temporada do Encontro Músicas do Sesi Cultura MG e agora serão responsáveis por encerrá-la. Como nasceu a ideia do Desplugado, do formato em sexteto, e em que momento vocês perceberam que ele tinha potencial para virar um espetáculo próprio, abrindo caminhos como dividir noite com a turnê do Capital Inicial, por exemplo?

Chaene da Gama - O Desplugado nasceu de uma vontade em comum da banda e do teatro. Não seria impossível fazer um show plugado ali naquele espaço, mas a ideia de um acústico, privilegiando a letra, uma parada mais intimista, não saiu mais das nossas cabeças. Grande parte das músicas que eu fiz, nasceu no violão, então foi natural pensar no projeto.

Foi aí que decidimos convidar mais músicos para somar — e, acredite, escolhemos muito bem. Fernando, Basílio e Tarcísio são nossos amigos de longa data; já havíamos feito vários projetos em outros momentos. A química rolou e fluiu fácil demais. O que era um show em Uberaba acabou virando uma mini turnê. Abrimos três shows do Capital Inicial com esse formato, todos sold out. Eles estavam celebrando 25 anos do lançamento do acústico deles e, como nossa relação é extremamente verdadeira, rolou o convite. Dinho é um grande fã e amigo também.

O fato é que esse show tem demanda. Muitas cidades pedem. Ainda não é o momento de gravá-lo como se deve, mas saibam que isso está nos planos.

Bastidores do show de estreia do Desplugado no Teatro Sesiminas: Zebu Na Rede 

- No próximo dia 21 de dezembro, vocês retornam ao Teatro Sesiminas Uberaba com uma nova apresentação do Desplugado. O que o público pode esperar dessa edição? Teremos surpresas no repertório, novas versões... ou é segredo de Pantera?

Chaene da Gama - Nosso último show de 2025 acontecerá aqui em Uberaba, em casa. É doido pensar que abrimos a programação do SESI e vamos encerrá-la. E, sim, será um show diferente, com músicas nunca apresentadas nesse formato.

-  Pra fechar, deixem um recado especial para todo mundo que acompanha o Zebu Na Rede e o Jornal Lavoura e Comércio, e que está contando os dias para esse reencontro especial no palco do SESIMINAS Uberaba.

Chaene da Gama - Família Zebu Na Rede, Lavoura e Comércio, obrigado pelo espaço e pela parceria. Bom poder falar de cultura, de viver a cultura em nossa cidade. Todo mundo convidado!  Nos vemos no domingo, dia 21/12, no Teatro SESI. Muito obrigado sempre!


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