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ZEBUNAREDE ENTREVISTA - FERNANDO ANITELLI (O TEATRO MÁGICO)


Por: André Montandon e Verônica Furtado


Criado em 2003 por Fernando Anitelli, O Teatro Magico, conta com mais de 2 milhões de álbuns vendidos, 3 DVDs, 4 músicas em novelas. O TM é sem duvidas, um dos maiores projetos da música independente do país.

Em sua nova turnê -"Fernando Anitelli apresenta O Teatro Magico - Voz e Violão"busca inspiração no cancioneiro popular para proporcionar uma experiência de maneira mais intimista, cara a cara com o público, que verá o Teatro Mágico em seu estado essencial.

Em Uberaba, a apresentação acontecerá dia 27 de abril (sexta), às 20h, no Teatro SESI. Aproveitamos essa nova visita, para bater um papo, com esse grande artista. Confira:

- Com surgiu a ideia de criar o Teatro Mágico, uma espécie de sarau circense, que inovou ao misturar circo, rock, performance e poesia que encanta e arrasta uma multidão para os espetáculos?

Fernando Anitelli - A ideia de criar o Teatro Mágico, surgiu inspirado nos movimentos de sarau, onde você pode mesclar e trabalhar com a pluralidade: musica, poesia, teatro, artes plasticas. Você pode trazer o que achar interessante, a pauta que for por meio da roda, que ela será bem vinda. Com esse proposito de pode levar para o palco, justamente essa catarse coletiva que o sarau nos levava, foi o que eu pensei em criar o Teatro Magico. Eu já tinha varias canções prontas, parcerias e lendo o livro de  Herman Hesse, me vieram faíscas criativas, memorias do sarau, minha experiencia com teatro. E tudo isso, misturado em uma coisa só, deu no que deu. Claro que, depois de 15 anos você aprende muita coisa, você absorve, otimiza, melhora, adapta, corta aqui, soma alí. É isso, a constância do Teatro Mágico é a nossa mutação.

- Vocês lançaram em janeiro o vídeo clipe “Pra Acertar” com a Orquestra Contemporânea de Olinda. Conte-nos um pouco sobre essa parceria.

Fernando Anitelli - A parceria com a Orquestra Contemporânea de Olinda, surgiu porque nos fomos convidados a participar de um projeto, onde os dois grupos poderiam se reunir para fazer uma canção, gravar e tocar ao vivo. Nos tivemos um dia para gravar, acertar os arranjos, mas que foi muito bacana, um experiencia fantástica! O pessoal é muito querido, Juliano Holanda um baita compositor, o Henrique Albino que fez os arranjos de metais, um cara genial. E a gente fala sobre o atual momento do país, mas com uma visão construtiva, pra cima. Ficamos felizes da vida com essa parceria, já queremos fazer mais outras coisas. Estamos bolando oportunidades, tivemos uma apresentação juntos em Salvador, que estava lotado, foi lindo. Quem esteve lá, viveu essa experiencia, esse encontro. Então é isso!! Estamos com outros artistas, amigos, parceiros, parceiras na lista para fazer coisas juntos.


- Fernando, como foi participar da coletânea Dois Lados - Um Tributo Ao Skank (2017), que contou com grandes nomes da “nova” música brasileira, interpretando a canção “Formato Mínimo”?

Fernando Anitelli - Participar da coletânea dois Lados do Skank foi muito legal. Primeiro porque, o Skank é um grupo carregado de sucessos, uma banda que tem muita coisa legal, aqueles refrões que é pra cantar com peso, com aquela pressão toda. E nesse universo todo deles, tinha uma musica que eu sempre gostei de uma álbum que eles fizeram com uma temática, uma estética, uma textura que me lembravam os Beatles, que é o Cosmotron. Eu peguei a musica e quis fazer uma versão que fosse mais com a cara do TM, que é essa coisa mais orgânica do violão, as cordas, o dueto. Foi muito bacana, a gente passo o dia todo gravando no estúdio do Ronaldo Rossato, diretor do Estúdio Bonham. Estúdio onde gravamos o álbum Entrada para Raros. Um grande parceiro que nos acompanha desde sempre, a mais de 15 anos; O resultado ficou muito legal, o Rodrigo Rosa, foi responsável pelo vídeo clipe, ele conseguiu deixar com dinâmica, movimento e poeticidade. Curti muito esse trabalho, já tem mais de 170 mil views. E é isso, se tiver que fazer um outra homenagem para outros artistas, estarei sempre a disposição.


- Essa nova turnê, “Fernando Anitelli Voz e Violão – apresenta o Teatro Mágico”, contém canções consagradas, inéditas, remete as raízes da trupe e marca o retorno do projeto. O que podemos esperar dessa apresentação?

Fernando Anitelli -  A apresentação do Teatro Magico - voz e violão, traz pro palco, o DNA das canções, como elas surgem, aquela primeira matéria (a palavra e a harmonia). Quando você tira todas as outras atenções do palco você torna a apresentação até mais visceral, porque é você de frente pro ator, pra palavra, pra musica; Claro que, tem festa, tem pressão, tem brincadeira, tem improviso, tem critica, tem momento que a apresentação se torna um grande sarau, que eu trago essa experiencia que eu tive na minha vida, pra quem, nunca participou de um. As pessoas podem tocar, cantar comigo, podem ler poesias, podem levar coisas pra fazer na hora, é uma oportunidade muito bacana e que mostra que existem vários talentos dentro do publico do Teatro Mágico. O ano passado, fique impressionado com o numero de mulheres poetizas, cantoras que traziam canções com um significado forte, sabe! Muito bem tocado, fiquei muito feliz, isso é muito bacana, porque a gente vai convidando futuramente essas pessoas para participarem, as pessoas começam a ir novamente no show. E você vai divulgando também muitos talentos que até outrora que até então, estavam aí somente no meio do publico, as vezes num silêncio, e esse espaço de comunhão que existe no meio do show, é capaz de trazer isso ai a tona. Então, o que o pessoal pode esperar é tudo isso que eu estou dizendo e a surpresa do que a gente nem sabe que é capaz de acontecer!


- Com mais de uma década de estrada, dois milhões de álbuns vendidos, milhares de fãs, esse "retorno as origens” significa uma nova fase ou apenas um momento para recordar?

Fernando Anitelli -  A ideia da turnê voz e violão, se consolidou. Era para ser algo em transição entre a pausa do Teatro Magico e o lançamento do novo álbum. Mas, esse projeto se consolidou porque é completamente distinto e diferente do espetáculo que é o Teatro Mágico, com o seu peso, com os seus músicos, arranjos, texturas, cenários, figurinos, maquiagens, performances, palhaços, danças aéreas, o circo; O voz e violão, tem esse outro lugar e nós queremos consolidar essa turnê, provavelmente com um CD, DVD. Exitem canções que são próprias para o voz e violão, alguns lados B, umas versões, parcerias que o Teatro Mágico mesmo não gravou. Queremos consolidar esse momento com esse material, e paralelamente a isso, o Teatro Mágico, toda trupe, já está ensaiando, a gente já levanto material novo e se preparando pro segundo semestre, apresentações que se referem aos 15 anos do nosso projeto, 15 anos na estrada, a gente vai fazer essa turnê nesse segundo semestre cantando tudo isso! Então é só ficar ligado na nossa pagina no Facebook, a gente tem novidades e surpresas pra trazer muito em breve.

- Para finalizar nossa entrevista, mande um recado para a galera de Uberaba e região que está ansiosa para assistir esse novo show.

Fernando Anitelli - O recado que eu deixo pro pessoal de Uberaba, é que quem não viu, não conhece o Teatro Mágico, seja bem vindo, tem muita coisa bacana para conhecer, pra vivenciar, quem já conhece, vai ver muita coisa nova, interessante. As pessoas que quiserem participar, venham munidas de poesia, de musica, de disposição. Apresentação em Uberaba, até porque faz um tempo que a gente não aparece por ai, vai ser saudosa, cheia de vida. Com uma alegria do reencontro, da proposta de pode fazer isso como novidade, e também já divulgado aquilo que virá. Obrigado a todos, e agente se encontra, JÁ JÁ!!


Curtiu a entrevista? Quer saber mais sobre o Fernando Anitelli e o Teatro Magico? Acesse:





Informações do show: 
Ingressos - Inteira: R$ 60,00 / Meia: R$ 30,00 
Vendas na bilheteria do teatro.

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UMA BREVE HISTÓRIA DE UBERABA

O povoamento da região de Uberaba teve início, no final do século XVIII, com sesmarias concedidas pela Capitania de Goiás, entre elas, a Fazenda das Toldas, ainda existente, concedida a Tristão de Castro Guimarães , e as Fazendas Santo Inácio, Ponte Alta e Bebedouro, concedidas, em 1799, ao Tenente Joaquim da Silva e Oliveira , irmão do Sargento-Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, todas estas fazendas situadas ao sul da atual Uberaba. O povoado de Uberaba, foi fundada, em 1809, pelo sargento-mor comandante da Companhia de Ordenanças do Distrito do Julgado do Desemboque da Capitania de Goiás, Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira . A primeira casa de Uberaba, construída pelo Sargento-Mor Antônio Eustáquio, localizava-se na atual esquina da Praça Rui Barbosa com a Rua Artur Machado, do lado esquerdo de quem desce a rua Artur Machado. Uberaba surgiu pela migração de familias que deixaram as já esgotadas regiões produtoras de ouro, porém fracas para agricultura, da C