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Câmara aprova desconto de 35% na conta de quem ficou sem água

A Câmara aprovou ontem por unanimidade o projeto de lei do Executivo que concede um desconto de 35% na conta de água dos consumidores da região noroeste de Uberaba. A matéria originalmente encaminhada à Casa previa um abatimento de 30% na fatura de quem sofreu com o desabastecimento por cerca de 15 dias entre o fim de agosto e princípio de setembro. A votação foi acompanhada pelo presidente do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau), José Luiz Alves (PSL). 

Ele foi ao Legislativo a convite dos vereadores para falar sobre os problemas no poço profundo do Centro de Reservação 6, que deixaram milhares de habitantes sem água nas torneiras. O próprio dirigente da autarquia foi quem propôs ampliar o desconto, mas depois da apresentação de uma emenda de autoria do vice-presidente da Casa, Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), concedendo 100% de abatimento na conta, entre outros índices apresentados em plenário.  

Ao perceber que a proposta não passaria pelo crivo dos colegas, Itamar optou por retirá-la, antes, porém, ele e o líder governista, Cléber Cabeludo (PMDB), protagonizaram um bate-boca em plenário de conotação política. O peemedebista acusou a administração anterior de não ter concedido nenhum benefício aos consumidores quando do acidente com a Ferrovia Centro-Atlântica, em 2003, que comprometeu o abastecimento da cidade inteira. O democrata reagiu afirmando que a Prefeitura – então comandada pelo hoje deputado federal Marcos Montes – não teve nenhuma culpa no ocorrido e que o colega deveria parar de olhar no retrovisor.

Para acalmar os ânimos o presidente da Câmara, Luiz Dutra (PDT), pediu que cortassem todos os microfones, à exceção do que era utilizado por Cléber, para que ele concluísse sua participação. Foi então que ele revelou a contraproposta, que acabou passando pelo crivo dos colegas. José Luiz justificou que um desconto maior poderia comprometer o caixa da autarquia, que já deixará de arrecadar – conforme estimativas já levantadas – aproximadamente R$450 mil referentes ao exercício de setembro.

Além disso, ele reiterou que dos 90 mil consumidores da região noroeste, no máximo 25 mil ficaram efetivamente sem água. Contudo, acrescenta que o Codau não tem como mapear com precisão quem ficou nessa situação, por isso optou por estender o abatimento a todo este universo. Para Marcelo Borjão (PMDB), a autarquia posa de boazinha, mas está brincando com dinheiro público, ao passo que deveria identificar quem sofreu com o desabastecimento.

Ele e José Luiz também bateram boca no plenário. O primeiro alegando que não obteve resposta quanto aos gastos com o poço de reservação – que já deu problemas duas vezes esse ano –, que totalizam cerca de 550 mil, e também sobre o fato de o Reservatório 11 ter ficado seis anos parado. Borjão ainda o acusou de ficar fazendo propaganda dos investimentos da autarquia, enquanto que o presidente insistia que estava respondendo aos questionamentos colocados em plenário.

José Luiz admitiu que o Codau trabalha no limite e o problema mecânico com o equipamento comprometeu parte do abastecimento, mas assegura que os recursos conquistados pela atual administração serão utilizados em obras prioritárias para melhorar o sistema de tratamento e distribuição de água no município. O peemedebista, entretanto, insiste na instalação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) e informa que hoje, às 9h, tem uma reunião com um doutor nessa área, da qual também devem participar os vereadores professor Godoy (PTB), João Gilberto Ripposati (PSDB) e Itamar.

Produção. Depois de dedicaram mais de duas horas ao Codau, os vereadores ainda votaram outros quatro, de onze projetos em pauta, tendo estendido a reunião até 19h.
 
Pelo menos isso a prefeitura de Uberaba vai dar este desconto para a população que ficou sem água, por erro da própria administração do CODAU.





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