Bancários decidiram cruzar os braços a partir de hoje em todo o país, inclusive em Uberaba. Categoria se junta aos trabalhadores dos Correios e Telégrafos e paralisa o atendimento à população por tempo indeterminado. O motivo do anúncio é a rejeição à nova proposta de 8% de reajuste apresentada pelos bancos.
Em nova rodada de negociações, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) subiu a proposta de reajuste de 7,8 para 8%. Em assembleia realizada ontem, a contraproposta desagradou à categoria, que decidiu entrar em greve. A paralisação vale para funcionários de bancos públicos e privados, mas Caixa Econômica e Banco do Brasil serão os primeiros a parar, seguidos pelos demais bancos do setor privado. A categoria reivindica 12,8%, que é inflação mais 5% de ganho real, além de melhoria no tíquete-alimentação, auxílio-educação e participação nos lucros.
“O setor financeiro brasileiro obteve R$27,5 bilhões de lucro apenas nos seis primeiros meses de em 2011, que, divididos entre os seis maiores grupos, dá quase R$5 bilhões para cada banco e o total de R$34 milhões de lucro por dia. Nós queremos não ao assédio e à rotatividade, que é a demissão de funcionários antigos, queremos melhores condições de trabalho, menos metas, a inclusão bancária, que é facilitar o acesso da população aos serviços do banco, e a geração de empregos”, destaca Maurício de Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba.
Com o aumento de mais de 20% nos lucros dos bancos em comparação a 2010, o presidente afirma que seria possível voltar a contratar, retornando à marca de 1 milhão de funcionários, sendo 1.250 em Uberaba. Hoje esse número não passa da metade em virtude do fechamento de bancos no município, o que, para Maurício de Souza, se deve à informatização, mas principalmente às fusões entre instituições brasileiras e internacionais.
Por conta da greve, que, de acordo com o sindicato, deve atingir no máximo 70% dos funcionários, apenas o autoatendimento nos caixas eletrônicos e o atendimento mínimo nos caixas internos serão mantidos, porém de forma precária, podendo faltar reposição de dinheiro nos caixas.
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