Negociação salarial pode levar motoristas de ônibus
a paralisarem atividades na próxima semana. A mobilização já foi
aprovada em assembleia pela categoria, pois as empresas de transporte
coletivo sinalizaram inicialmente com apenas 5% de reajuste. Entretanto,
representantes das concessionárias se reuniram ontem com a diretoria do
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e conseguiram prazo até
quinta-feira (29) para apresentar nova proposta.
De acordo com o presidente do sindicato, Lutério Antônio
Alves, a categoria quer reajuste de 10% no salário, aumento de R$300
para R$450 no tíquete-alimentação e também o fim da dupla função para os
motoristas. “Hoje o profissional recebe adicional de R$10 por dia para
cobrar a passagem. Ou a empresa sobe esse valor para R$20/dia ou retorna
com os cobradores em todas as linhas”, afirma.
Até então a Líder e a Viação Piracicabana tinham
oferecido somente 5% de reajuste salarial, sem contemplar as demais
reivindicações. As empresas justificaram que não havia condições para
aumento maior devido à redução da tarifa de ônibus – medida realizada
com base exclusivamente na isenção da cobrança de PIS/Cofins por parte
do governo federal.
No entanto, o sindicalista afirma que as concessionárias
retiraram a contraproposta inicial ontem em função do indicativo de
paralisação nas atividades. Prazo até quinta-feira (29) foi dado para as
empresas apresentarem nova proposta para negociação com a categoria.
“Não queremos chegar ao ponto de paralisar o serviço, mas a medida não
está descartada. Se não tiver acordo, não resta outra alternativa”,
pondera.
A reportagem do Jornal da Manhã
tentou contato com a Líder e a Viação Piracicabana, mas os
representantes não foram localizados para se posicionar sobre o caso.
Fonte: www.jmonline.com.br
Comentários
Postar um comentário