Estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) projetaram um higienizador coletivo para que até seis pessoas possam lavar as mãos simultaneamente, sem tocar em torneiras, sem ligação à rede de água e sem energia elétrica.
A ideia surgiu em março, no contexto da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus cuja prevenção é feita, principalmente, por meio de isolamento social, uso de máscaras e higienização frequente das mãos. O objetivo do projeto é evitar que as pessoas se autocontaminem ao encostar as mãos no rosto. É o que afirmam os autores do projeto, Laís Abdala Moura, Letícia Franco e Marcel Arantes Lima, alunos do quinto período do curso de graduação em Design.
A estrutura do higienizador é hexagonal e comporta seis pias, duas delas adaptadas para pessoas com deficiência. Essas pias estão conectadas a uma caixa d’água de 500 litros, que fica a uma altura de 1,2 metro do chão, para que a água possa fluir com a força da gravidade. Quando o usuário se aproxima da pia, basta acioná-la com o auxílio do pedal.
Perspectivas simulando a utilização do higienizador (Imagens: arquivo dos pesquisadores) |
As pias também têm saboneteira (que funciona com uma alavanca, de modo que, após obter a porção de sabonete líquido, a pessoa não precise encostar na saboneteira novamente para fechá-la) e dispenser de papel-toalha.
Ao terminar de lavar as mãos, basta retirar o pé do pedal para interromper o funcionamento da pia. As pias adaptadas para pessoas com deficiência têm um tipo diferente de pedal, que libera a água a partir da pressão feita pelo apoio de pé da cadeira de rodas.
De acordo com o projeto, a estrutura é adequada para locais públicos e pode ser deslocada com facilidade, porque é feita com materiais leves, tem rodinhas e travas de segurança. O material que eles indicam para a construção das cabines de higienização é o polietileno de alta densidade, "resistente à tração, compressão e tensão", e para pias, torneiras, pedal de ativação e saboneteiras, "o melhor material seria o metal inox, que é de fácil limpeza e longa durabilidade".
O projeto concorreu a dois prêmios: o Concurso de Ideias promovido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design (Faued/UFU) e o Desafio UFU Covid-19.
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